QUARTOAMADO
Xerelll Resíduos

Xerelll Resíduos

Resíduos

Xerelll
Texto e Fotos Bernardo Biagioni
31 de Agosto, 2016

Todos os caminhos do mundo levam a um só lugar: a origem, a raiz e a primeira camada a ser desvelada em uma cidade de paredes desabandonadas. Existe uma história a ser contada, respeitada e continuada. Um encontro acontece aqui e agora; estes são os personagens da verdade que habitam as esquinas pouco iluminadas de uma capital desplanejada.
Xerelll é testemunha ocular dos percalços. Esteve a fotografar a rua e os tempos em que estamos vivendo, veja só, os habitantes vagos e vagabundos que vagueiam as cidades em busca de calor e de liberdade. Esteve a pintar e a colar um vigia que vigiou toda a história que viria a seguir – criações e gerações que se sobrepõem pela cidade para manter a palavra viva.
A rua é o lugar do conflito, do trânsito, do tráfego e do tato. Trombamos e nos esbarramos para sentir a pele e o contato; a rua é o imprevisto e a possibilidade, é preciso dedicar o olhar para enxergar o cotidiano de sentidos. Ver e perceber. A rua é o saber colecionado pela vivência dos caminhos que conspiramos.
Uma cidade sem arte é uma cidade em silêncio. Aqui estão as esculturas de um tempo possível, a brutalidade e a sensibilidade de uma inquietação latente, Xerelll sendo Xerelll, este artista vira-lata que esteve ladeando a cidade com a alma incandescente e inflável que inflama tudo e todos que toca, conversa ou se esbarra. 

GALERIA QUARTOAMADO
RUA ANTÔNIO DE ALBUQUERQUE 384
SAVASSI • BELO HORIZONTE • BRASIL
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