Não lembro seu nome. Nos esbarramos nas frestas do tédio que habita o cotidiano. Trocamos cigarros e desenhamos as curvas desta montanha. Você me disse que pintava porque a vida já não mais bastava. Nos entreolhamos em busca do significado da existência. Existimos. E pincelamos nossos olhos na esperança de lembrarmos. Dos outros. E de nós mesmos.
Somos novos aqui, novamente. Estamos nos enfileirando para encontrar o sentido dos caminhos que frequentamos. Inventamos uma revolução pela qual trabalhamos. Existir é um ato político e reacionário. Não tememos. Nos tocamos para sentir o amor e a dor com quem criamos. Amanhecemos. Vivemos acesos a construir e a esperar. O abrigo do desconhecido.
Treze memórias e treze resoluções para o futuro. Andamos em bando, em grupo, em gangue para redesenhar o vazio das ruas. Existimos para criar e para reinventar a cidade onde dormiremos. Descortinamos as guerras e as misérias. Estamos em conflito armado com o desespero involuntário que equilibra a dissimulada rotina da vida.
Existimos, e qual será o destino. Senão a tênue tentativa de escrever as linhas deste vento. Belo Horizonte, dois mil e dezesseis. Fotografamos o retrato do acaso, somos a calmaria e somos o colapso que tangência a mudança do tempo. Nos organizamos para desorganizar. Estamos aqui juntos para amplificar a existência de acreditar