João Maciel Texto Bernardo Biagioni 2 de Dezembro, 2015
Estamos ficando loucos, soltos e absortos diante da travessia empírica que traça a linha da vida. Tateando fôlego para descortinar as mazelas do dia; buscando braços que abracem os desencontros perdidos de uma cidade atrasada demais para olhar para Agora.
Agora que há tempo e vento para guiar a direção. Enfeitamo-nos de nós mesmos, seres rastejantes a galgar pelo pedaço de céu que nos foi prometido. Adornando de dor, de prazer, de cor, inventamos um sonho de paisagem que fibrila para além da pintura da miragem.
Aprendiz de visionário, João Maciel observa o mundo como um campo pleno de caminhos e sentidos. Personagens do acaso, reféns de um imaginário envaidecido pelo sonho de uma comunidade possível. “Gostaria de cruzar com essas pessoas na rua”. Rastros místicos que sopram as diretrizes para a evolução nos trópicos.
Personagens livres e libertinos na conclamação do ímpeto da beleza humana. Somos o que nascemos, de onde viemos, para onde vamos. Conquistaremos a saudade, a vontade, a mística do calor que crepita a chama de acreditar – sem ser acreditado. O universo é pleno, é plano, é a fé que depositamos. Quem enxerga vê: o Encanto.
